Mulher trans morre após ser brutalmente espancada em São Luís Gonzaga do Maranhão |
Deusina Nascimento, mãe da transexual Natasha Nascimento que foi brutalmente espancada e agredida após voltar de uma festa em São Luís Gonzaga do Maranhão, pede justiça para o caso. Até o momento, nenhum suspeito de envolvimento com o crime foi preso.
Natasha não resistiu aos ferimentos e morreu neste sábado (24), no Hospital Dr. Carlos Macieira na capital, depois de ter ficado internada por pouco mais de um mês em estado grave.
"Eu quero justiça, porque eu sei quem foi", disse Deusina.
Deusina Nascimento é mãe da transexual Natasha Nascimento, que foi brutalmente espancada no MA — Foto: Reprodução/TV Mirante |
De acordo com a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), Natasha teria sido agredida por cinco pessoas na BR-316, enquanto voltava para casa. Segundo as investigações, um dos suspeitos, teria passado três vezes de moto em cima da vítima. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) afirmou que investiga o caso.
Natasha foi encontrada caída na estrada com múltiplas fraturas e lesões na cabeça. Ela chegou a ser internada no Hospital Regional Dra. Laura Vasconcelos, em Bacabal, mas por conta do estado grave, precisou ser transferida em UTI aérea para São Luís.
No hospital, a mãe de Natasha afirmou que ela ainda tentou se comunicar com ela durante o período em que esteve internada. "Dizia que estava doendo, que estava doendo. E eu dizia 'te aquieta meu filho, te aquieta'. E ele agoniado e se batendo o tempo todo", disse Deusina.
Após a morte, o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde serão determinadas as causas da morte.
De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, até o momento, 129 transexuais foram assassinados no país. No Maranhão, não há um levantamento sobre o número de crimes provocados por LGBTQfobia.
Por meio de nota, a Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB no Maranhão afirmou que a discriminação e a violência não podem continuar sem qualquer resposta por parte dos órgãos competentes, seja dada à sociedade. A entidade afirma que essa infeliz realidade só poderá ser interrompida com a construção coletiva de uma cultura de paz, democracia e direitos humanos.
Fonte:G1MA
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